O mercado está cada vez mais competitivo e conectado, ser bom no que faz tecnicamente pode não ser suficiente, é preciso dar-se a conhecer, é preciso ser notado!
O Marketing pessoal é bem feito quando conseguimos reunir um conjunto de estratégias de autopromoção. Atualmente ter um curso de ensino superior, ser mestre ou doutor não é sinónimo de trabalho ou clientes. Já deve ter percebido que alguns profissionais recorrem ao marketing pessoal para apresentar às pessoas e/ou potenciais clientes o seu trabalho. Os profissionais autónomos fazem muito esse trabalho, são profissionais que precisam de clientes constantemente, assim, adotam estratégias para serem vistos.
Com o crescimento do marketing pessoal, o profissional desenvolve a sua imagem pública e torna-a cada vez mais atrativa para futuros empregadores.
Como já foi dito, a construção e o desenvolvimento do marketing pessoal não é apenas uma medida, é um conjunto de medidas. Como pode começar a investir no seu marketing pessoal?
Começando por ter objetivos claros. Não adianta querer investir num projeto, numa marca ou em si mesmo se não sabe o que pretende atingir, quais os objetivos? As estratégias serão pensadas de acordo com o objetivo que for definido. Para ajudar na definição de objetivos (cada um deles) pode utilizar a metodologia SMART, onde S = específicos, M = mensuráveis, A = atingíveis, R = realistas e T = timing.
Após a definição dos objetivos deve fazer uma pesquisa aprofundada sobre o mercado e os segmentos em que atua ou pretende atuar, pode então refletir (e definir) qual/is o/s o fator/es diferenciador/es que traz ao mercado. Qual a novidade? Então porque iria um gestor querer contratá-lo a si e não a outra pessoa? O que o faz ser diferente? Para ajudar a refletir sobre estas questões, sugiro então que faça uma análise SWOT - Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), que é muito utilizada nas empresas, mas pode adaptá-la para o nível pessoal.
Trabalhe a sua capacidade de comunicar, de conseguir expressar-se bem, de ser diretivo e claro, fazendo com que a mensagem seja entendida pelos colegas, potenciais clientes, clientes e empregador ou futuro empregador. A comunicação não está apenas associada à oralidade, a comunicação não verbal também faz parte da comunicação assertiva. É importante saber “quando” e “como” expor as suas ideias e opiniões, respeitando sempre o espaço do outro. A escuta ativa é uma excelente técnica de comunicação, escutar ativamente implica assegurar-se que o ouvinte interpreta e compreende totalmente o significado das mensagens. Atenção, deve-se ter cuidado com a linguagem e evitar falar do que não sabe, mentiras ou gírias, aqui é importante ter conhecimento da mensagem que quer passar, use a empatia.
Uniformize a sua marca pessoal. Talvez possa pensar “não quero ter uma marca, não quero trabalhar por conta própria, então não preciso”, aqui é que reside o erro! Ter uma marca não é (só) sinónimo de ter uma empresa, mesmo que não queira, o seu nome já é uma marca. Tudo o que posta nas redes sociais, como comunica com os colegas, a imagem que passa, o seu posicionamento faz parte da sua marca pessoal. Por isso, uniformize. As pessoas têm que entender quem é, o que têm a oferecer e a sua proposta de valor. O fundador da Amazon disse uma vez que a marca pessoal é o que as pessoas dizem sobre si quando sai da sala. Então, o que quer que as pessoas falem?
O cuidado com a imagem pessoal também é importante. Qual é a imagem que pretende passar para os outros? Por mais que o ambiente de trabalho seja flexível, não vai trabalhar de fato de treino (a não ser que seja num ginásio), “à vontade não é à vontadinha”. Vista-se de acordo com o ambiente que frequenta. A sociedade ainda valoriza bastante as aparências – mesmo que não queira, é um facto – então esteja sempre de aparência cuidada.
Mobilize a sua rede de contactos. Esteja ativo. Aproveite os contactos que já possui, reative contactos que já não fala há muito tempo. As redes sociais também são eficientes, nestes casos o Linkedin é uma boa ferramenta para quem quer criar a network. Participe em eventos da sua área (ou da área que gostaria de atuar) como congressos, palestras e workshops e troque cartões. Aproveite esses eventos para aumentar a sua rede de contactos.
Seja ativo nas redes sociais. O Linkedin é uma forma de mostrar o seu trabalho, o que tem feito e futuros projetos. Crie conteúdos, dê gostos, compartilhe publicações, no fundo é posicionar-se de acordo com os objetivos que já definiu e ser notado pelas pessoas, que poderão ser os seus clientes ou o futuro empregador. Tenha um certo cuidado no que compartilha nas redes, o que publica tem influência no seu marketing pessoal. Não é deixar de ser você mesmo, fingir uma coisa que não é, é que certos tipos de publicações (quando não o conhecem ou veem descontextualizados) não transmitem a mensagem da maneira correta, portanto deixo um conselho, compartilhe esse tipo de conteúdo nos grupos privados do Facebook ou Whatsapp.
Como pôde perceber, a criação da marca pessoal é uma construção e, partindo desse princípio, precisa de ser atualizada constantemente, o que exige esforço. Não veja o marketing pessoal como uma mera propaganda – é preciso ir mais a fundo – e encarar como uma representação da forma que deseja ser visto pelos outros. Valorize as suas histórias de sucesso, tenha objetivos claros, passe uma imagem fiável e segura ao mercado, comunique de forma objetiva e interessante, faça com que as pessoas queiram estar consigo, que seja a escolha para o trabalho (e não outro profissional), ou simplesmente queiram que faça parte da empresa deles. Agregue valor a si mesmo, partilhe com os outros o seu valor.
A criação de um plano de Marketing Pessoal é uma de várias etapas trabalhados na Metodologia de Gestão de Carreira Alento, que faz da procura de um novo emprego um ato profissional assente numa lógica de rigor e qualidade. Saiba mais sobre o nosso programa de Aconselhamento de Carreira.